quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sala de Recurso Multifuncional:Plano de Ação Pedagógica 2012 – AEE



SALA DE RECURSO MULTIFUNCIONAL - SRM   
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO - AEE

Santana-AP/2012

Plano de Ação Pedagógica 2012 – AEE
Título
- Sala de Recursos Multifuncional
Localização
- Escola
- Endereço: Rua                           número                 - Bairro              – Santana/ AP
- Telefone:
Tema
- Vivendo as Diferenças

Introdução
Segundo a Secretaria de Educação Especial (2008), o Atendimento Educacional Especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado devem ser diferentes daquelas atividades diárias que constituem o dia a dia escolar em sala de aula, porém, vale lembrar, que elas não substituem essas atividades, apenas complementa e/ou suplementa a formação dos alunos, buscando que eles possam se desenvolver como pessoas atuantes e participativas no mundo que vivemos.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (de janeiro de 2008), afirma que a Educação Especial deve oferecer o Atendimento Educacional Especializado às necessidades educacionais especiais dos alunos com: deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
- Alunos com Deficiência: “aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” (p.2). Portanto, são os alunos com deficiência mental, deficiência física, surdez, deficiência auditiva, cegueira, baixa visão, surdocegueira ou deficiência múltipla.
- Alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento: “aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos em outra specificação” (p.2).
- Alunos com altas habilidades/superdotação: “aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade” (p.2).
Refletindo então, sobre os aspectos legais evidenciados acima, e pensando nos alunos PNEs que estão matriculados nas instituições de ensino, torna-se evidente que a Sala de Recursos deve existir nas escolas, e mais do que isso, sendo um espaço atuante e “vivo”, onde o aluno PNE possa desenvolver suas diferentes potencialidades tendo suas habilidades exploradas.

Objetivo Geral
- Desenvolver diferentes atividades com os alunos PNEs matriculados na Escola xxxx, complementando e/ou suplementando a formação dos alunos, através da Sala de Recursos Multifuncional e nos demais espaços escolares, fazendo com que os alunos PNEs se integrem cada vez mais a nossa escola, preparando-os para terem cada vez mais autonomia, sendo pessoas atuantes e participativas no mundo em que vivemos.

Objetivos Específicos
Conforme o Decreto 6.571 de 17 de setembro de 2008, os objetivos do AEE são:
I- prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular aos alunos referidos no Artigo 1º;
II- garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular;
III- fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e
IV- assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis de ensino.

Considerando todos os aspectos legais que compõe AEE, e enquadrando estes a nossa proposta educacional, a Sala de Recursos Multifuncional tem como objetivos:
- Perceber as necessidades educacionais especiais dos alunos valorizando a educação inclusiva;
- Compreender o aluno com necessidade específica, assim como demais alunos, como parte de TODA a escola;
- Flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimento de modo adequado às necessidades especiais de aprendizagem, respeitando as individualidades dos alunos;
- Buscar a melhor integração dos alunos com necessidades específicas na escola, auxiliando o seu desenvolvimento educacional e social, valorizando e respeitando as diferenças de cada um;
- Atender os alunos com necessidades educacionais específicas da escola;
- Ofertar o Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos Multifuncional atendendo as necessidades individuais de cada aluno (espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos);
- Avaliar continuamente a eficácia do processo educativo para o atendimento de necessidades educacionais específicas.
Buscando atender nossos objetivos, é dever do professor da Sala de Recursos:
- Organizar a Sala de Recursos e zelar pelos seus materiais, para que sejam sempre bem aproveitados pelos alunos;
- Entrevistar as famílias dos alunos com necessidades específicas, esclarecendo as funções do AEE na escola e conhecendo melhor as crianças que irão trabalhar neste espaço;
- Disponibilizar aos professores fichas de encaminhamento para o atendimento dos alunos na Sala de Recursos, e orientá-los, se necessário, quanto ao seu preenchimento;
- Sensibilizar os professores sobre a ação do AEE, multiplicando idéias e conhecimento sobre a inclusão escolar;
- Planejar as atividades para os alunos na Sala de Recursos com criatividade e atendendo as necessidades individuais dos alunos, explorando as TAs (Tecnologias Assistivas) e demais materiais disponíveis para trabalhar com as crianças;
- Organizar as atividades dos alunos para que seja feito o acompanhamento do seu desenvolvimento (pastas, portfólios, fotografias, cadernos, e/ou demais materiais que julgar necessário);
- Atender os alunos com necessidades específicas em contra turno escolar (2013), individualmente ou em pequenos grupos, dando complemento ou suplemento na ação pedagógica destes alunos;
- Auxiliar o professor de turma a realizar adaptações de materiais e recursos sempre que necessário, assim como adaptações curriculares, conforme sua disponibilidade;
- Trabalhar juntamente com os professores e com a equipe diretiva na construção do PIE (Plano Individualizado de Ensino) dos alunos com necessidades específicas da escola;
- Realizar visitas na sala de aula e nos diferentes espaços escolares, a fim de observar como está ocorrendo à inclusão do aluno com necessidade específica na escola, orientando os professores com idéias e sugestões para a melhor integração destes alunos;
- Atuar em equipe, inclusive, quando possível, com outros professores e profissionais especializados em educação especial;
- Participar efetivamente das formações oferecidas pela escola e outros cursos na área da educação especial que estiverem ao seu alcance de forma contínua, buscando melhor qualificação, mantendo sempre atualizado.

Referencial Teórico
Acredito numa Educação Inclusiva onde todos os alunos possam ter acesso a escola, sendo oferecido a eles alternativas que explorem suas potencialidades através de uma participação interativa entre todos que estão envolvidos no processo educativo do aluno.
O sucesso escolar do aluno com necessidades específicas e sua integração na escola gira em torno da participação efetiva da família, do envolvimento de profissionais qualificados para realizar um atendimento especializado (quando necessário) e da escola.
Essa parceria é muito importante para que o aluno possa participar das aulas de forma efetiva, garantindo a igualdade de condições de acesso e permanência na escola.

“temos o direito à igualdade, quando a diferença nos inferioriza e direito à diferença, quando a igualdade nos descaracteriza!” SANTOS, Boaventura de Souza. A construção multicultural da igualdade e da diferença. Coimbra: Centro de Estudos Sociais. Oficina do CES nº 135, janeiro de 1999.
Não basta aceitar a matrícula dos alunos nas escolas, é fundamental que muito, além disso, a escola e os professores estejam de coração aberto, para receber estes alunos, buscando integrá-los ao ambiente escolar e na sociedade, permitindo que todos tenham acesso aos mesmos direitos educacionais.
Para que possamos caminhar para uma sociedade mais justa e igualitária do ponto de vista educacional, é necessário que cada vez mais professores se interessem por esta temática, pois a inclusão escolar já faz parte da realidade dos educadores, e a capacitação desses profissionais é um passo muito importante para que tenhamos cada vez mais avanços.
Inclusão, não é apenas levar o aluno com necessidade específica para a escola comum, mas sim, dar a este aluno, suporte para que tenha acompanhamento especializado, fornecer formação para os professores, orientar as famílias, integrar este aluno ao espaço escolar (acesso físico, suporte de materiais, socialização e respeito).
É preciso sensibilizar todos os envolvidos neste processo educativo, para que todos os alunos tenham oportunidade para crescer cognitivamente e socialmente, devemos reconhecer as diferenças, aceitar e respeitar, trabalhando com essa diversidade, valorizando e convivendo com as diferenças, de forma que todos aprendam junto com elas, assim estaremos caminhando para uma educação mais significativa, compreendendo mais o mundo em que vivemos e a nós mesmos.
É preciso utilizar as novas tecnologias de ensino e as TAs para propiciar a aprendizagem de todos os aluno, oportunizando meios para que ele faça parte da sua própria construção, desenvolvendo-se como pessoa, propiciando o desenvolvimento de contatos sociais e culturais.
A escola então tem este grande desafio, de estar sempre se atualizando e mantendo os objetivos educacionais atingidos sem esquecer de estar atenta ao interesse dos alunos. Quando conseguirmos atingir este desafio, e receber todos os alunos da mesma forma, oferecendo a todos os mesmos direitos educacionais, poderemos sim, dizer que temos uma escola inclusiva, uma escola mais humana, onde podemos viver e respeitar todas as diferenças.

Metodologia
Para que possamos desenvolver o trabalho na Sala de Recursos Multifuncional - SRM, da Escola xxxx, pretende-se explorar os recursos existentes na sala, valorizando o aspecto lúdico da criança, pois a brincadeira já está presente no universo infantil, sendo um ótimo caminho para que possamos atingir nossos objetivos.
Assim como também visamos explorar os recursos tecnológicos da sala, pois existem diferentes softwares que auxiliam a diminuir as barreiras das Pessoas com necessidades específicas na escola, facilitando e auxiliando sua aprendizagem. Além disso, vale destacar que as atividades realizadas na Sala de Recursos Multifuncional - SRM com os alunos PNEs matriculados na escola acontecerá em 2012 no mesmo horário de aula devido o processo de implantação do atendimento e em 2013, será ofertado no contra turno escolar de acordo com a política de educação especial, de forma que complementem e suplementem as atividades escolares.
No primeiro momento, os pais dos alunos serão entrevistados pela psicóloga, professores e equipe diretiva, afim de se conhecer melhor os alunos PNEs matriculados na escola e no seu entorno, podendo assim elaborar melhor estratégias e recursos pedagógicos, traçando metas e objetivos para os atendimentos.
Partindo daí, os alunos começaram a ser atendidos na Sala de Recursos Multifuncional SRM, de forma que venha complementar e suplementar a aprendizagem destes alunos. É importante que os alunos atendidos também frequentem a sala de aula comum, como os demais colegas da turma, diariamente. Os atendimentos acontecerão respeitando as individualidades de cada um e buscando atender as metas traçadas no PIE para cada aluno, atuando juntamente com os professores de turma.
Este atendimento será individual, quando necessário, ou em pequenos grupos, de até três alunos, conforme a necessidade de cada aluno atendido. Esta parceria com os professores de turma é fundamental para o sucesso da Sala de Recursos Multifuncional SRM, assim como a participação da família, que deve estar sempre presente, para que juntos possamos traçar melhor as metas a serem atingidas, estabelecendo uma mesma linguagem com estes alunos.
Também é prevista duas devolutivas do atendimento na Sala de Recursos Multifuncional SRM, conforme as orientações da psicóloga, para os familiares e professores, mostrando os trabalhos realizados na sala e discutindo o desempenho de cada aluno atendido, destacando a evolução de cada um, procurando sempre melhorar o desempenho dos alunos em sala de aula, na escola, e em casa.
Para acompanhar melhor todas as atividades, é necessário estar em diálogo constante com a equipe pedagógica e professores das turmas, discutindo o crescimento de cada aluno. E visitas na sala de aula também são previstas ao longo do ano, para que se possa acompanhar bem de perto o rendimento destes alunos no grupo, buscando junto com o professor de sala de aula traçar estratégias que venham superar as dificuldades individuais destes alunos e valorizar suas potencialidades.
Os trabalhos dos alunos também serão sempre expostos na Sala de Recursos Multifuncional SRM, em murais, assim como fotografias, valorizando o que cada aluno é capaz de fazer. Estes trabalhos poderão ser vistos pelos familiares, sempre que eles quiserem, quando buscarem os alunos no fim dos atendimentos realizados. Constantemente estaremos trabalhando a identidade de nossos alunos, buscando melhorar a auto-estima dos alunos e trabalhando nas turmas onde estes alunos estão sendo incluídos, de modo que as diferenças sejam sempre respeitadas.
É importante tentar superar as dificuldades de cada aluno, diminuindo as barreiras das diferenças, sem se esquecer de valorizar as potencialidades individuais de cada aluno trabalhado, afinal, todos nós temos qualidades.

Recursos
a) Infra-estrutura de informática:
- Um computador equipado;
- Impressora;
b) Ferramentas computacionais:
- Softwares educacionais;
- Jogos Pedagógicos;
- Material para formar uma bandinha;

Resultados Esperados
Esperamos que os alunos PNEs matriculados na escola e no seu entorno possam com as atividades realizadas na Sala de Recursos Multifuncional SRM e demais espaços escolares possam ter uma melhor integração na escola, podendo compreender melhor a rotina escolar, tanto em sala de aula como nos demais espaços educacionais presente em nossa escola (pátio, biblioteca, sala de recursos, laboratório de informática).
Também espera-se, poder construir junto com os professores de turma, que possuem alunos PNEs a elaboração de um PIE (Plano Individual de Ensino), para que se possa acompanhar melhor o desenvolvimento destes alunos, vendo seu crescimento individual, respeitando suas necessidades e diferenças.
O trabalho ao longo do ano será acompanhado pela equipe pedagógica, e sempre procurando parcerias com os professores de turma e familiares, visando o melhor desenvolvimento dos alunos atendidos.
A Sala de Recursos SRM visa atender os alunos com necessidades educacionais especiais, garantindo a TODOS os nossos alunos o direito de receber uma educação qualitativa, para que possam conviver na escola e na sociedade, de forma participativa e atuante, vivendo e respeitando as diferenças no nosso dia a dia.

 Proposta de avaliação: Avaliação do aluno em processo de inclusão no atendimento educacional especializado – AEE
A avaliação educacional, enquanto um processo dinâmico que considera tanto o nível atual de desenvolvimento do aluno quanto às possibilidades de aprendizagem futura, configura-se em uma ação pedagógica processual e formativa que analisa o desempenho do aluno em relação ao seu progresso individual, prevalecendo nessa avaliação os aspectos qualitativos que indiquem as intervenções pedagógicas do professor. 
A avaliação dos alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e/ou altas habilidades/superdotação deve ser elaborada através de Parecer Descritivo pelo professor da classe comum e do professor do Atendimento Educacional Especializado, considerando todos os aspectos do desenvolvimento da aprendizagem desses alunos. A avaliação final deve conter a indicação de permanência ou avanço nos diversos níveis de ensino, estabelecendo consenso entre os professores, a equipe diretiva e a família dos alunos envolvidos.
A proposta de avaliação do Atendimento Educacional Especializado (AEE) será através de registros e anotações diárias do professor, portfólio, relatórios e arquivos de atividades dos alunos, em que vão relacionando dados, impressões significativas sobre o cotidiano do ensino e da aprendizagem.
  AVALIAÇÃO DOS ALUNOS PARA O ACESSO AO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO 

A avaliação dos alunos para o acesso ao Atendimento Educacional Especializado será realizada por meio de um Estudo de Caso que possibilite reconhecer as características pessoais e desenvolvimento do aluno construindo diferentes estratégias pedagógicas para sustentação da inclusão escolar.
O Estudo de Caso se configura através de uma entrevista familiar, pareceres clínicos de outros profissionais, e avaliação inicial do aluno em que se considere as suas capacidades e habilidades, bem como as necessidades específicas que justifiquem o acesso ao Atendimento Educacional Especializado.   
Deve ser considerado como prioritária a avaliação educacional, realizada pelo professor do Atendimento Educacional Especializado. Como avaliação complementar, os diagnósticos clínicos feitos por profissionais habilitados que também serão considerados como parceiros durante todo o processo de escolarização e do Atendimento Educacional Especializado. Os laudos / pareceres clínicos não devem ser considerados como determinantes para o processo de desenvolvimento da aprendizagem dos alunos na escola.
PROPOSTA DE PLANEJAMENTO – SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL 
ÁREA DA DEFICIÊNCIA MENTAL, INCLUÍNDO SÍNDROMES E “PARALISIA CEREBRAL”.      
ÁREA: ESTIMULAÇÃO SENSORIAL
           OBJETIVO(S): Proporcionar atividades que desenvolvam os cinco sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato).
    ALGUNS PROCEDIMENTOS:
·        Explorar do ambiente escolar através dos sentidos, utilizando a linguagem oral ou gestual como sensores;
·        Realizar brincadeiras que possam explorar a atenção (descobrir e localizar objetos);
·        Tocar instrumentos um a um para que a criança perceba a diferença entre os diversos tipos de sons;
·        Colar objetos que produzam sons do cotidiano (telefone, chocalho, apito, etc..);
·        Mostrar para o educando, tipos de texturas (áspero, liso, duro, mole, quente, frio) identificando-as através do toque;
·        Propiciar a experiência do educando com sabores e cheiros;
·        Realizar atividades que desenvolvam noções de cores, desenhos, figuras, ou seja, que  estimulem a percepção visual.
 SUGESTÃO DE MATERIAIS:
·        Brinquedos diversos (vários formatos, texturas e cores)
·        Brinquedos elaborados manualmente (Ex. bolinhas de sabão)
·        Pedaços de pano
·        Revistas e livros
·        Instrumentos musicais
·        Materiais de consumo (tinta, pincel, lápis de cor, lápis de cera, etc.).
·        CDS e/ou DVDS
ÁREA: PSICOMOTRICIDADE
 OBJETIVO(S): Propiciar atividades que desenvolvam a coordenação motora ampla, motora fina e óculo-motora, equilíbrio estático e dinâmico, noções espacial e temporal, lateralidade, imagem e consciência corporal, visando à conservação da saúde física, mental e o equilíbrio sócio-afetivo do (a) educando (a).
ALGUNS PROCEDIMENTOS:
·        Identificar a imagem do educando frente ao espelho, auxiliando-a na exploração de seu corpo com movimentos tátil-sinestésicos;
·        Relacionar fatos do cotidiano com o tempo (dia-noite, ontem-hoje-amanhã, etc.);
·        Utilizar calendários e/ou pontos de referência;
·        Realizar exercícios corretivos, através dos seguintes movimentos: andar, deitar, rolar, engatinhar, abaixar, puxar, etc...;
·        Proporcionar brincadeiras que estimulem as noções espaciais (dentro-fora, em cima-embaixo, alto-baixo);
·        Desenvolver a lateralidade através de atividades e/ou brincadeiras (chutar e atirar bola, brincadeira de pisca e telescópio, etc.).
·        Utilizar objetos estimuladores (com ruído) que encorajem o educando a realizar movimentos para alcançá-los;
·        Tocar partes do corpo (mãos, pés, cabeça, joelho etc..) mediante comando;
·        Realizar exercícios manuais: (bolas de silicone, xuxinha de cabelo etc..);
·        Proporcionar a manipulação de marionetes ou fantoches.

SUGESTÃO DE MATERIAIS:
·        Espelho
·        Bolas de isopor
·        Bolas de silicone
·        Tapete antialérgico
·        Almofadas e colchonetes
·        Brinquedos diversificados
·        Xuxa de cabelo
·        CDS e/ou DVDS
·        Marionetes ou fantoches

ÁREA: LINGUAGEM ORAL
OBJETIVO(S): Proporcionar atividades que desenvolvam a comunicação da linguagem oral.
ALGUNS PROCEDIMENTOS:
·        Proporcionar situação em que a criança brinque com a sua voz e seja estimulada a participar de atividades que envolvam, por exemplo, a onomatopéia;
·        Realizar exercícios orofaciais: soprar, assobiar, movimentos de sucção;
·        Utilizar cantigas e músicas infantis;
·        Utilizar animais em miniaturas, com o objetivo de produzir os sons emitido pelos mesmos;
·        Proporcionar a interação e comunicação, através de fantoches;
·        Utilizar o computador como meio de estimulação da linguagem para facilitar o processo de aprendizagem do educando. (jogos, softwares, etc..)
SUGESTÃO DE MATERIAIS:
·        Balão, língua de sogra, canudos;
·        Gravador com microfone;
·        CDS e/ou DVDS;
·        Miniaturas de plásticos;
·        Fantoches;
ÁREA: COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
OBJETIVO(S): Tornar o indivíduo com distúrbios de comunicação o mais independente e competente possível em situações comunicativas, podendo assim, ampliar suas oportunidades de interação com outras pessoas, na escola e na sociedade em geral.
ALGUNS PROCEDIMENTOS:
·        Utilizar pranchas para auxiliar no processo de comunicação do (a) educando (a) facilitando sua interação com o meio;
·        Empregar brinquedos e/ou fantoches para retratar histórias em diversos eixos temáticos;
·        Realizar brincadeiras de faz-de-conta, abordando os componentes familiares do (a) educando (a);
·        Confeccionar material alternativo, levando em consideração, as limitações e potencialidades do (a) educando (a) observadas pelo professor;
·        Utilizar o computador como meio de comunicação para facilitar o processo de aprendizagem do educando. (jogos, softwares, etc..)
SUGESTÃO DE MATERIAIS:
·        Objetos reais - Os objetos reais podem ser idênticos ao que estão representando ou similares, onde há variações quanto ao tamanho, cor ou outra característica.
·        Miniaturas - Os objetos em miniatura precisam ser selecionados com cuidado para que possam ser utilizados como recursos de comunicação. Devem ser consideradas as possibilidades visuais e intelectuais dos indivíduos na sua utilização.
·        Fotografias - Fotos coloridas ou preto e branco podem ser utilizadas para representar objetos, pessoas, ações, lugares ou atividades. Nas escolas muitas vezes são utilizados recortes de revistas ou embalagens de produtos.
·        Pranchas de comunicação - As pranchas de comunicação podem ser construídas utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu usuário. Essas pranchas podem estar soltas ou agrupadas em álbuns ou cadernos. O indivíduo vai olhar apontar ou ter a informação apontada pelo parceiro de comunicação dependendo de sua condição motora.
·        Avental - é um avental confeccionado em tecido que facilita a fixação de símbolos ou letras com velcro, que é utilizado pelo parceiro. No seu avental o parceiro de comunicação prende as letras ou as palavras e a criança responde através do olhar.
ÁREA: ARTES
OBJETIVO(S): Desenvolver habilidades diversas, baseando-se na Teoria das Inteligências Múltiplas. (incluindo as dimensões lingüística, lógico-matemática, musical, corporal-cinestésica, espacial, intra-e interpessoal).
ALGUNS PROCEDIMENTOS:
·        Participar de jogos e brincadeiras que envolvam dança e teatro;
·        Estimular o repertório de canções para desenvolver memória musical;
·        Perceber variações de velocidade e densidade na organização e realização de algumas produções musicais;
·        Auxiliar nas práticas desportivas;
·        Trabalhar através da pintura, desenho, gravura, modelagem, colagem e cerâmica, o desenvolvimento de habilidades manuais, visuais, corporal-cinestésicas;
·        Proporcionar passeios turísticos que explorem a arte e cultura regional;
·        Informar sobre as obras de artes, abordando diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da produção musical  brasileira e de outros povos e países.
SUGESTÃO DE MATERIAIS:
·        Brinquedos diversificados
·        Espelho
·        CDS e/ou DVDS
·        Argila
·        Telas para pintura
·        Materiais de expediente (tesoura, lápis, cola, pincel, tinta guache, giz de cera, lápis de cor, etc..)
·        Materiais para práticas desportivas (utilizados para as aulas de educação física)
ÁREA: SOCIALIZAÇÃO
OBJETIVO(S): Oportunizar experiências que possibilitem as relações intra e interpessoais.
ALGUNS PROCEDIMENTOS:
·        Proporcionar a interação com outras crianças através das atividades de rotina da escola (recreio, saída etc.);
·        Fazer o (a) educando (a) entender a funcionalidade intrínseca do ambiente familiar, o convívio e as relações familiares;
·        Encorajar o (a) educando (a) a observar e tocar outra criança através de jogos, brincadeiras ou, simplesmente, pelo diálogo;
·        Realizar brincadeiras de faz-de-conta, abordando os componentes familiares do (a) educando (a);
·        Utilizar jogos ou brincadeiras que estimulem o cumprimento de regras e limites, cooperatividade, respeito e solidariedade;
SUGESTÃO DE MATERIAIS:
·        Brinquedos que representam o contexto familiar;
·        Revistas usadas;

ÁREA: LINGUAGEM ORAL
OBJETIVO(S): Oportunizar experiências que possibilitem as relações intra e interpessoais.
ALGUNS PROCEDIMENTOS:
·        Proporcionar a interação com outras crianças através das atividades de rotina da escola (recreio, saída etc.);
·        Encorajar o (a) educando (a) a observar e tocar outra criança através de jogos, brincadeiras ou, simplesmente, pelo diálogo;
·        Realizar brincadeiras de faz-de-conta, abordando os componentes familiares do (a) educando (a);
·        Utilizar jogos ou brincadeiras que estimulem o cumprimento de regras e limites, cooperatividade, respeito e solidariedade.
SUGESTÃO DE MATERIAIS:
·        Brinquedos que representam o contexto familiar;
·        Revistas usadas;
ÁREA: ATIVIDADES DE APOIO (FUNCIONALIDADE)
OBJETIVO(S): Proporcionar atividades que desenvolvam o bem estar geral e a autonomia do (a) educando (a), valorizando suas habilidades e auto-estima, podendo assim, ampliar suas oportunidades de interação com outras pessoas, na escola e na sociedade em geral.
ALGUNS PROCEDIMENTOS:
·        Aprender a desenvolver atividades da vida doméstica (usar banheiro, alimentar-se adequadamente, ter higiene e cuidado com aparência pessoal, etc..);
·        Proporcionar situações em que o (a) educando (a) tenha noções de saúde e segurança (seguir leis de trânsito, saber transportar-se dentro da escola, aprender a seguir regras pré-estabelecidas para auto-defesa e bem estar físico);
·        Desenvolver atividades de Proteção e Defesa (defesa de si mesmo e dos outros, tomar cuidado com objetos perigosos, como por exemplo: remédios, veneno, fogo, etc.. - lidar com dinheiro e finanças pessoais, proteger-se de exploração, exercer direitos e responsabilidades legais).
SUGESTÃO DE MATERIAIS:
·        Placas de sinalização
·        Brinquedos diversos (panelas, louças, talheres, carrinho, fantoches, etc..)
·        Objetos de higiene (escova de dente, toalhinha, pente, espelho, cotonete, tesoura de cortar unha, etc..)
·        Frasco de remédios, rótulos que indiquem perigo, etc..
·        Atividades e/ou jogos que simulem o uso de dinheiro (banco imobiliário, jogos de feira e/ou supermercado, etc..)
ÁREA: NOÇÕES DE MATEMÁTICA
OBJETIVO(S): Estimular uma postura de investigação, onde o (a) educando (a) irá buscar o desenvolvimento de habilidades para resolução de problemas, formulação de hipóteses, sempre partindo de diferentes alternativas, seja: oral, escrita, pictórico ou gestual, com a finalidade de relacioná-las com o cotidiano.
ALGUNS PROCEDIMENTOS:
·        Desenvolver as primeiras noções de quantidade, classificação, seriação, associação, etc..
·        Realizar contagem oral nas brincadeiras e em outras situações;
·        Fazer com que o (a) educando (a) perceba as semelhanças entre os objetos, usando como símbolo, o fator combinação;
·        Distribuir objetos entre os colegas em sinal de quantidade ou não, introduzindo vocabulário matemático, mais/menos, mesma quantidade;


Não sou igual, mas quero oportunidade para me realizar mesmo sendo diferente”.

É impossível falar em Educação Especial, sem pensar em amor e doação.
“Mas seja na gramática, seja na poesia, seja na etimologia, seja na filosofia, a verdade é que basta estar vivo para saber – de maneira consciente ou inconsciente – que o amor transcende qualquer ciência. Ele nasce, cresce e se multiplica, ocupando espaços maiores ou menores, mas sempre edificados com o que há de mais nobre no espírito e no coração do ser humano”.
Chalita, Gabriel. Pedagogia do Amor. 3. ed. São Paulo: Editora Gente, 2003.

Referências

BRASIL. Decreto Nº 6.571, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Operacionais da Educação Especial para Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Educação Básica. Brasília, MEC/SEESP, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. In: Secretaria de Educação Especial/Ministério da Educação. Inclusão: Revista da Educação Especial. V.4, n.1. Brasília, MEC/SEESP, 2008.
CHALITA, Gabriel. Pedagogia do Amor. 3ª ed. São Paulo - SP: Editora Gente, 2003.
HAETINGER, Max Günther. Criatividade, Criando Arte e Comportamento. Porto Alegre: Edição Criar, 1998.
HAETINGER, Max Günther. Informática na Educação: Um Olhar Cri@tivo. Porto Alegre - RS: Edição Criar, vol. 2, 2003.
MORAES, Maria Candida. Informática Educativa no Brasil: Uma História Vivida, Algumas Lições Aprendidas. São Paulo, 1997. Disponível em: . Acesso em: 29 de dez. 2010.
MORAN, José Manuel; MASSETO, Marcos T.; BEHRES, Marilda Aparecida. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas: Papirus, 2000.
SANTOS, Boaventura de Souza. A construção multicultural da igualdade e da diferença. Coimbra: Centro de Estudos Sociais. Oficina do CES nº 135, janeiro de 1999.
SANTOS, Santa Marli Pires do; Brinquedoteca - A Criança, o Adulto e o Lúdico. Petrópolis: Editora Vozes, 2000.








Santana 12 de Fevereiro de 2012



MARIA FRANCISCA LOPES DE CARVALHO
Professora do Atendimento Educacional Especializado - AEE

5 comentários:

  1. Parabéns! O site é um maravilhoso presente para todos professores que, assim como eu, se empenham na inclusão de todos na sociedade.

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  2. Parabéns!!! são informações e aprendizados riquíssimos, estou sempre consultando e aprendendo, um super abraço...
    Luzineire

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  3. Adorei o site, trabalho com AEE e ajudou bastante !

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  4. Adorei, pois estou fazendo o curso para professor de Sala de Recursos Multifuncionais. Me ajudou muito. Beijos,
    Antônia

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